O ator Misha Collins, interprete de Castiel em Sobrenatural, cedeu uma entrevista ao portal G1 da Globo, onde comentou sobre a 6ª Temporada de Supernatural, sua vinda ao Brasil e seu projeto Random Arts. Abaixo segue a entrevista que está ótima, é muito bom ver um ator de Sobrenatural dando entrevista a imprensa nacional, e falando bem do Brasil.
Ator correu 83 quilômetros para arrecadar dinheiro para caridade.
Ele conversou com o G1 sobre trabalho voluntário, a série e a visita ao Brasil.
Marília Juste Do G1, em São Paulo
No seriado ‘Supernatural’ (quintas, na Warner), o ator Misha Collins interpreta o anjo Castiel, que ajuda os irmãos protagonistas Sam (Jared Padalecki) e Dean (Jensen Ackles) Winchester a, basicamente, impedir o Apocalipse e salvar o mundo. Na vida real, Collins também tenta salvar o mundo, de outra maneira. Ele montou uma ONG para financiar “atos aleatórios de bondade pelo mundo” e correu 83 quilômetros sem parar para arrecadar dinheiro para três orfanatos no Haiti.
Collins conversou por telefone com o G1 sobre o trabalho da ONG, a Random Acts (“Atos Aleatórios”, em inglês), sobre a sexta temporada de Supernatural (que estreia nesta quinta-feira, 4 de novembro, no Brasil) e também sobre sua visita a São Paulo, prevista para maio de 2011, para participar da convenção Rising Con.
A Random Acts é, segundo ele, fruto de sua conta no Twitter. “Abri uma conta no Twitter cerca de um ano, um ano e meio atrás. E eu notei que: a) havia muitas pessoas me seguindo e b) e que essas pessoas que me seguiam tinham muita energia criativa. Elas faziam toda a sorte de trabalhos artísticos, fã-clubes e websites e tudo com muita criatividade”, conta Collins “Comecei a pensar ‘nossa, seria ótimo se a gente conseguisse colocar toda essa energia para trabalhar em prol de uma boa causa’.”
No início do segundo semestre, o ator informou que tentaria correr o máximo possível sem parar e pediu que seus seguidores se comprometessem a doar qualquer quantidade de dinheiro por quilômetro percorrido, para financiar os trabalhos da Random Acts e três orfanatos no Haiti.
Em 5 de setembro, ele saiu de sua casa para correr e só parou 83 quilômetros depois. “Depois que acabou, eu não conseguia nem andar”, conta. O resultado? Mais de US$ 80 mil arrecadados -- US$ 5 mil só do colega de elenco Jim Beaver.
Sobre a sexta temporada, ele conta que ela lembra as “raízes” de Supernatural. “Ela tem um visual que lembra muito a primeira e a segunda temporadas”, conta. Mas Collins alerta. “O grande tema, a grande mensagem da temporada é ‘nada é o que parece’”.
O ator disse que está “muito empolgado” com sua visita a São Paulo, que promete reunir mais de mil fãs da série no Hotel Sheraton. Tanto que a entrevista começou com uma pergunta dele. Confira a íntegra abaixo.
Misha Collins: Você está em São Paulo?
G1: Sim, em São Paulo.
Collins: Mal posso esperar para ir a São Paulo. Estou totalmente empolgado com a viagem. Um dos Co-Produtor executivo de Supernatural é brasileiro de São Paulo e ele vai estar aí ao mesmo tempo em que eu estarei, porque ele vai para casa em férias. Então não apenas eu vou poder ir para São Paulo, mas também vou ter um amigo aí para me mostrar as coisas. O Brasil esteve na lista de lugares que eu queria conhecer antes de envelhecer por anos e eu nunca tive a oportunidade, então estou muito, muito empolgado.
Collins: Provavelmente vou viajar um pouco. Ainda não pensei para onde vou, mas quero fazer um pouco de turismo.
Collins: A sexta? Que bom. Fico feliz que vocês estejam tão atualizados. Alguns países ainda estão começando a quinta temporada agora. Mas, bem, a sexta temporada. Ela tem um visual que lembra muito a primeira e a segunda temporadas. Há muitas histórias do tipo “mostro da semana”, o que, em termos de Supernatural, é como voltar às suas raízes. À primeira vista, não parece mais ter a mesma enorme mitologia de Céu e Inferno nas histórias. Conforme a temporada se desenrola, uma mitologia mais profunda vai aparecer. Estou tentando o meu melhor para de fato passar alguma informação para vocês, sem estragar nenhuma surpresa. Não estou indo muito bem.
Basicamente, a série pode parecer um pouco a primeira e a segunda temporada, com monstros da semana, mas, na verdade, há algo mais profundo acontecendo, há um arco maior na temporada que vai ser revelado. Na verdade, o grande tema, a grande mensagem da temporada é “nada é o que parece”. Há algo errado com Sam, Castiel tem as suas próprias guerras que ele está travando. É difícil falar sobre isso sem arruinar tudo.
Collins: Cas não está em todos os episódios. Há anjos aparecendo de tempos em tempos. E alguns demônios. Mas ele está mais lutando a sua própria guerra no Céu.
Collins: Eu não sei. Talvez ele tenha um armário onde ele guarda o Jimmy. Eu não sei como ele impede que o Jimmy apodreça, de verdade. É uma boa pergunta, preciso perguntar para os roteiristas.
POSTADO POR FELIPE
Collins: Eu corri muito nos dias anteriores. Mas eu não sabia se ia conseguir. Eu não tinha idéia do quanto eu ia conseguir correr antes de desmaiar. Eu corri uma maratona uma vez, e o que é isso? Trinta quilômetros?
Collins: Quarenta e dois. Eu corri isso e só sabia que depois eu estava cansado pra caramba. Não sabia se ia conseguir ir muito além. Depois que acabou, não conseguia nem andar.
Collins: Bom, abri uma conta no Twitter [@mishacollins] cerca de um ano, um ano e meio atrás. E notei que: a) havia muitas pessoas me seguindo e b) e que essas pessoas que me seguiam tinham muita energia criativa. Elas faziam toda a sorte de trabalhos artísticos, fã-clubes e websites e tudo com muita criatividade. E eu comecei a pensar ‘nossa, seria ótimo se a gente conseguisse colocar toda essa energia para trabalhar em prol de uma boa causa’. Reunir parte desses recursos e colocá-los para um bom uso. Essa foi a semente de como começou a Random Acts. Comecei a montar com a ajuda da Lisa Walker, uma das minhas seguidoras no Twitter e alguém que trabalha no terceiro setor há muito tempo. Nós começamos a conversar e a colocar tudo em pé.
É muito legal. Nós levantamos um monte de dinheiro e temos um grupo de pessoas no Haiti agora mesmo ajudando a abrir um empreendimento de negócios em uma área rural para marceneiros. Então já temos coisas que estão dando resultados agora.
Collins: Elas podem conferir no nosso site, TheRandomActs.org
Collins: Nós recebemos uma doação de US$ 5 mil de Jim Beaver [que interpreta Bobby na série], que foi muito generosa. Alguns outros membros do elenco estão envolvidos em seus próprios projetos e trocamos idéias. Então, sim, há muito envolvimento.
Collins: Eu sou uma pessoa muito megalomaníaca, então isso combina muito com a minha visão de mundo egoísta. Não, não, estou brincando. É muito estranho. É claro que é estranho. É uma coisa engraçada ir de um cara que ninguém conhecia para pessoas te parando a cada vez que você sai de casa. É algo estranho e faz você parar e refletir a cada vez que você vai escrever alguma coisa, ‘nossa, 90 mil pessoas vão ler isso, é melhor eu fazer o possível para pelo menos soletrar direito’. E eu sou terrível para soletrar.
Collins: Como isso aconteceu? Não sei como eu acabei com uma conta verificada. Acredito que talvez seja um esforço da parte deles para diminuir o meu valor cultural. Porque você não pode dizer que é uma vítima de injustiça se você tem uma conta verificada. Ou talvez seja o equivalente deles de oferecer uma bandeira branca. Talvez eles estejam se rendendo. Isso, acho que eles estão admitindo a derrota.